Ao lado de Dilma, Obama diz que Brasil é cada vez mais um líder mundial

Dilma Rousseff recebe presidente norte-americano no Planalto
O presidente americano, Barack Obama, disse neste sábado, em Brasília, que o Brasil é cada vez mais um líder mundial, e não somente regional, no contexto de uma nova realidade geopolítica global.
Em pronunciamento conjunto com a presidente Dilma Rousseff, feito no Palácio do Planalto, Obama não expressou diretamente seu apoio ao ingresso do Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU.
No entanto, o presidente americano afirmou que os Estados Unidos vão continuar trabalhando 'ao lado do Brasil e de outros países' para tornar o Conselho mais representativo, com a participação de novos atores importantes no cenário mundial.
Um comunicado conjunto publicado depois do pronunciamento, e assinado pelos dois presidentes, afirma que Obama 'manifestou seu apreço' pela intenção do Brasil se tornar membro permanente do Conselho de Segurança e reconheceu as 'responsabilidades globais' assumidas pelo país.
Em sua fala, Obama disse que o Brasil, como uma das maiores democracias do hemisfério, promove uma maior integração entre as Américas. O presidente americano destacou o 'crescimento extraordinário' do Brasil, que passou de receptor de ajuda externa para doador de recursos a outros países.
Obama citou o 'sacrifício' feito por pessoas como Dilma para transformar o Brasil de uma ditadura para uma democracia, e disse ter certeza de que a sua colega brasileira exercerá a liderança para viabilizar o progresso na relação entre os dois países.
Dilma
Em seu discurso, Dilma citou 'contradições' que precisam ser superadas, pedindo o fim de medidas protecionistas no comércio com os Estados Unidos e reformas em instituições como o Banco Mundial, o FMI e o Conselho de Segurança da ONU.
A presidente disse que o Brasil é um país comprometido com a paz, a tolerância e o diálogo, e que não pretende realizar uma 'ocupação burocrática' de espaços como o Conselho de Segurança.
Dilma destacou a importância de estabelecer parcerias com Estados Unidos nas áreas de infraestrutura e energia, tendo em vista a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas do Rio, em 2016.
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